Existe em algum lugar, uma mulher, a qual todos chamam de Diva... e uma vez por ano, ela prepara comidas deliciosas e típicas de uma das festas mais gostosas do Brasil: Festas Juninas!
É uma tradição. Reúnem-se parentes, amigos, convidados... tem forró, mesinhas e FOGUEIRA!
Apesar de toda trabalheira não se vê o cansaço no rosto dela e sim um sorriso de satisfação!
Tem paçoca, quentão, vinho-quente, cural, bolos, canjica, amendoim, cachorro-quente, salpicão, founde (!), bombons, cerveja, refrigerante, salgados, doces, uffa... e muito mais!
E todos são bem vindos!
Em um determinado horário, o som é desligado, todas as pessoas fazem um círculo em volta da fogueira... e é feita uma oração... Um momento muito bonito!
Confesso que fiquei admirado e me lembrei de uma tia, a Joana, que fazia umas festas assim... só que eram para dançar... forrózão mesmo! rs
Me peguei pensando há quanto tempo eu não ficava diante de uma fogueira como aquela... nossa, faziam anos! Passou um filminho... nostalgia pura.
O importante é que ali não está só o alimento físico, mas o alimento espiritual e emocional... é um momento festivo, de comunhão, de trocas... ALEGRIA!
Ali, a base familiar está sendo emoldurada, a fé renovada e o AMOR dissipado!
Que privilégio, fazer parte dessa festa... Tenho certeza que quando ela foi dormir, Deus afagou seus cabelos e disse: "Mulher, você me emociona e me faz ter muito orgulho de ti..."
Enfim, essa foi minha homenagem a essa mulher e todos que colaboraram com essa calorosa festa, inclusive seu marido, que faz jus a esposa que tem.
Ah, precisamos de mais Divas, no mundo né? rss
quinta-feira, 28 de junho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
Atos de uma falsa moral
Muitas pessoas ainda confundem HUMILDADE com HUMILHAÇÃO... Ser humilde não é humilhar-se, é ser modesto.
Vamos à peça... outro dia no meu local de trabalho, num grupo de cinco pessoas, alguém falava sobre pessoas serem humildes... O locutor argumentava que: "As pessoas usam máscaras..." e durante a conversa, passava um rapaz não muito longe de nós. Então, uma das pessoas da roda chamou o tal rapaz, para cumprimentá-lo e foi aí que uma máscara caiu em cena...
O rapaz que nada sabia sobre o assunto, cumprimentou à todos... com exceção de uma pessoa... que o ignorou! Justamente, a pessoa que bradava sobre a hipocrisia da humildade, foi a que não cumprimentou o tal rapaz... e o fez de propósito. O rapaz, se retirou imediatamente.
Uma cena embaraçosa e todos se entreolharam..
É muito fácil discursar, levantar bandeiras... mas e a pratica? Pode haver um motivo para ter havido o que houve? Sim, existe... mas estamos em um ambiente profissional e é certo agirmos como crianças?
Fiquei pensando e se no futuro o rapaz se tornar o superior do que o ignorou, como será? Percebem?
Para mim essas atitudes são algo muito pequeno... aí temos a verdadeira falta de humildade.
A situação poderia ter passado batido se não fosse a intimidade e sinceridade que um dos colegas tinha com o suposto "senhor modesto".
Nosso colega não só questionou a falta de educação no ato em si, como a discrepância em tratar de um assunto, onde acusar os outros é algo bem mais fácil do que admitir os seus próprios defeitos...
Para mim foi um espetáculo completo! Digo, no sentido de se ter uma teoria, pratica e moral da história...
De pé aplaudi, não o erro ou a humilhação... mas o ensinamento, tal qual foi praticado, instantaneamente e diante de todos os atores, exceto o rapazinho que saiu pelas coxias... com certeza ele se tornou o ator principal desse episódio.
Por hora é isso...
Vamos à peça... outro dia no meu local de trabalho, num grupo de cinco pessoas, alguém falava sobre pessoas serem humildes... O locutor argumentava que: "As pessoas usam máscaras..." e durante a conversa, passava um rapaz não muito longe de nós. Então, uma das pessoas da roda chamou o tal rapaz, para cumprimentá-lo e foi aí que uma máscara caiu em cena...
O rapaz que nada sabia sobre o assunto, cumprimentou à todos... com exceção de uma pessoa... que o ignorou! Justamente, a pessoa que bradava sobre a hipocrisia da humildade, foi a que não cumprimentou o tal rapaz... e o fez de propósito. O rapaz, se retirou imediatamente.
Uma cena embaraçosa e todos se entreolharam..
É muito fácil discursar, levantar bandeiras... mas e a pratica? Pode haver um motivo para ter havido o que houve? Sim, existe... mas estamos em um ambiente profissional e é certo agirmos como crianças?
Fiquei pensando e se no futuro o rapaz se tornar o superior do que o ignorou, como será? Percebem?
Para mim essas atitudes são algo muito pequeno... aí temos a verdadeira falta de humildade.
A situação poderia ter passado batido se não fosse a intimidade e sinceridade que um dos colegas tinha com o suposto "senhor modesto".
Nosso colega não só questionou a falta de educação no ato em si, como a discrepância em tratar de um assunto, onde acusar os outros é algo bem mais fácil do que admitir os seus próprios defeitos...
Para mim foi um espetáculo completo! Digo, no sentido de se ter uma teoria, pratica e moral da história...
De pé aplaudi, não o erro ou a humilhação... mas o ensinamento, tal qual foi praticado, instantaneamente e diante de todos os atores, exceto o rapazinho que saiu pelas coxias... com certeza ele se tornou o ator principal desse episódio.
Por hora é isso...
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Os desejos
Acredita e anseia... Duvido que quando vais deitar, não revire a cama toda. Se perca num pensamento distante, onde tenta bloquear uma vontade. Por medo de quem ou do que? Até quando ficarás a se preocupar se os vizinhos estarão a observar pelas frestas e irão comentar nas esquinas?A patrulha que faz diante de si denuncia a covardia. Nunca serás satisfeito, pois, sempre dependerás do crivo alheio.E eles... os dedos em riste! Sempre existiram... desde a criação. Sempre haverá alguém para julgar, mas é tu quem tem que ser o advogado e promotor, da sua própria causa. Não deixe que te julguem e se assim o fizerem... ria, dance e mande todos para um lugar bem longe... onde não incomodem mais.Ninguém viverá a lágrima que te emocionará, nem saberá o significado do teu sorrir... só você é capaz de sentir o dom da sua própria existência.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Um bem para você
Eu vou dizer uma vez só, para não precisar dizer outras vezes mais... Se soar um pouco insano, isso é o que você faz comigo...
Eu não ligo que você não me ame, eu não ligo que você esqueça de mim toda hora (isso é meio mentira), eu só quero que você saiba que eu adoro você. E que você possa lembra-se disso uma vez ou outra.
Eu sempre fui um bom garoto, mas agora... Eu aprendi que o amor machuca, estando certo ou errado.
Você me mostrou seu coração, deixou eu entrar para ver como quem mostra uma casa e de repente fecha a porta.
Na cama onde eu durmo, eu fico pensando no que você está pensando, mas eu não preciso saber se você queria estar comigo aqui. Eu só quero que você saiba que eu queria estar com você ai quando você puder lembrar que eu adoro você.
Você pode me falar que suporta tudo isso muito bem e pode esquecer tudo isso simplesmente ou que pode viver sem mim tranquilamente. Eu acredito em você.
Já faz um tempo, todas querem se parecer com você para tentar ter alguma chance, mas é muito inútil. Porque se eu lembrar de você, elas não têm chance alguma. E você deixou suas coisas aqui na minha cabeça, e isso faz você estar em toda parte, e eu não queria deixar pra lá. Desculpe, eu não queria.
Você ficava deixando eu ir embora, mas não entendia, eu não queria ir.
Mas dane-se tudo isso, eu vou porque eu não quero ser chato quando você não precisa de mim e eu estou ali... Mas eu quero que você saiba que eu adoro você. E que eu quero que você se lembre disso uma vez ou outra se isso puder te fazer sorri.
Não venha me dizer uma coisa ou outra e tentar me enganar, eu me conheço, então eu conheço você e todo mundo. Nós somos todos iguais, temos um coração frágil, e é por isso que a gente guarda, finge, esconde. E tenta não machucar os demais, e acaba machucando.
Pense em mim apenas para espantar seus pesadelos quando eles aparecerem se quiser, apenas para se livrar da solidão, apenas sonhe comigo quando não tiver algo para sonhar, lembre-se que eu adoro você quando ninguém puder dizer.
Eu não ligo que você não me ame, eu não ligo que você esqueça de mim toda hora (isso é meio mentira), eu só quero que você saiba que eu adoro você. E que você possa lembra-se disso uma vez ou outra. Se isso puder te fazer sorri.
Eu não ligo que você não me ame, eu não ligo que você esqueça de mim toda hora (isso é meio mentira), eu só quero que você saiba que eu adoro você. E que você possa lembra-se disso uma vez ou outra.
Eu sempre fui um bom garoto, mas agora... Eu aprendi que o amor machuca, estando certo ou errado.
Você me mostrou seu coração, deixou eu entrar para ver como quem mostra uma casa e de repente fecha a porta.
Na cama onde eu durmo, eu fico pensando no que você está pensando, mas eu não preciso saber se você queria estar comigo aqui. Eu só quero que você saiba que eu queria estar com você ai quando você puder lembrar que eu adoro você.
Você pode me falar que suporta tudo isso muito bem e pode esquecer tudo isso simplesmente ou que pode viver sem mim tranquilamente. Eu acredito em você.
Já faz um tempo, todas querem se parecer com você para tentar ter alguma chance, mas é muito inútil. Porque se eu lembrar de você, elas não têm chance alguma. E você deixou suas coisas aqui na minha cabeça, e isso faz você estar em toda parte, e eu não queria deixar pra lá. Desculpe, eu não queria.
Você ficava deixando eu ir embora, mas não entendia, eu não queria ir.
Mas dane-se tudo isso, eu vou porque eu não quero ser chato quando você não precisa de mim e eu estou ali... Mas eu quero que você saiba que eu adoro você. E que eu quero que você se lembre disso uma vez ou outra se isso puder te fazer sorri.
Não venha me dizer uma coisa ou outra e tentar me enganar, eu me conheço, então eu conheço você e todo mundo. Nós somos todos iguais, temos um coração frágil, e é por isso que a gente guarda, finge, esconde. E tenta não machucar os demais, e acaba machucando.
Pense em mim apenas para espantar seus pesadelos quando eles aparecerem se quiser, apenas para se livrar da solidão, apenas sonhe comigo quando não tiver algo para sonhar, lembre-se que eu adoro você quando ninguém puder dizer.
Eu não ligo que você não me ame, eu não ligo que você esqueça de mim toda hora (isso é meio mentira), eu só quero que você saiba que eu adoro você. E que você possa lembra-se disso uma vez ou outra. Se isso puder te fazer sorri.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Mundo escuro
Mundo Escuro
Corre devagar,
Um mundo estranho dentro das veias
Parece angustioso, parece triste.
- O que será que toca a melodia?
Um leve palpitar,
Corre rápido, sem aviso - Um sorriso;
- Esse tom, é esperança? Aventura, lembrança?
Por que muda assim, tão de rrepente?
Se agita, se acalma - ainda vejo luz,
Vejo o escuro também.
- E o que será que rege a melodia, o ritmo, a cansão que existe na mente?
Certas horas parece doce, como a voz da minha garota soprada ao ouvido ou a aventura que é quando o vento batia em nossos rostos e nós corriamos na rua de mãos dadas...
- Acho que é sonho de aventura...
Percebe? O tempo da sombra é curto, quando a canção se agita nem se pode notá-lo, mas ele esteve na canção e volta, sempre volta - Não há como fugir disso.
A coisa mais estranha do mundo, é o mundo em si, olhado de longe...
Em um canto você encontra luz, em outro qualquer resta as trevas, mas
O que toca a melodia desarrumada? Será ainda esperaça? Aventura... Lembrança...
O que será que toca?
Que som é esse, alguém me diga...
E tudo volta ao silêncio.. Cai no esquecimento.. E some..
Alexandre Vieira
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Presente - Fim...
Um dia, sentado no jardim, apreciava o anjo de pedra... Ficava imaginando se esses seres realmente existiam, eis que, uma senhora pulou na minha frente e tomei um susto, pois, ela tinha flores nos cabelos, usava
um vestido verde, um grande óculos vermelho e pantufas de abelhas!! Era uma velha doida, pensei.
Ela perguntou meu nome e mal respondi, saiu dançando com uma enfermeira... Apesar de tudo ter sido muito rápido, me vi de repente com uma certa disposição para fazer algo e lá fui eu tocar piano.
Comecei a tocar só que dessa vez era diferente, estava motivado, conseguia tirar daquele instrumento notas alegres que me faziam bem. Mais tarde fui para meu quarto com aquela nova sensação que não sentia há um bom tempo. Tinha sido inspirado! Mas pelo quê? Ou... por quem?
Fui dormir imaginando o que pode ter acontecido. De alguma forma, mesmo relutando, eu sabia que aquela doida deveria ter alguma ligação com o corrido.
Nos dias seguintes, discretamente passei a vigiar de longe a doida. Ela vivia cantando, pulando, fazendo graça com as pessoas, contando piadas etc. Era óbvio, que deveria ter algum problema mental, mas o fato é que as pessoas sempre estavam sorrindo na sua presença. Eu, mesmo à uma certa distância, ria de ver as coisas que ela fazia.
Perguntei à alguém, o nome daquela criatura, era Esmeralda!
Passei a me acostumar às suas peraltices, e quando não a via... sentia sula falta. Comecei a me estranhar... estaria eu apaixonado por uma louca?
Um dia tomei coragem e fui tentar uma conversa com ela. Além de ser surpreendido, fiquei com muita vergonha. Ela me revelou algo como:
- Acha mesmo que sou doida? Pensei que fosse mais esperto! - ria ironicamente.
- Desculpe. - respondi, tentando achar outras palavras para me sair da situação.
- Não tem problema. Esse é o meu papel... se eu não agir assim, enlouqueço e eles brigam comigo.
- Brigam com você? Os enfermeiros? Porquê? - Fiquei confuso.
- Deixe para lá... não são os enfermeiros. Um dia você entenderá.
Após esse dia, fiquei com muita curiosidade sobre essa curta conversa. Não podia ter um nome tão próprio. Esmeralda era realmente uma joia, naquele deserto de melancolia tédio.
Passamos a nos encontrar outras vezes, percebi que ela sempre fazia uns gestos com as mãos, falando palavras incompreensíveis e sorria. Parecia uma espécie de benzimento.
Passei a ser mais gentil com as pessoas, me sentia alegre! Passei a ter mais contato com a natureza, tomando banho de sol, cuidando do jardim, dando comida aos pássaros.
Determinado dia, pedi para que meus filhos voltassem à me visitar. Percebia uma grande mudança em mim.
Meu filhos também perceberam, até sinalizaram para que eu voltasse para casa. Porém, eu não quis, estava bem naquele lugar e sentia algo novo!
Uma tarde, enquanto eu lia um livro no jardim, ela apareceu e sentou-se ao meu lado. Me deu uma pedra e disse:
- Acredita em anjos? - apontando o mesmo anjo de pedra.
- Não sei... - respondi, sem entender nada.
Ela segurou minha mão dizendo:
- Se acalme, por favor. O que tenho que lhe dizer é importante. O sonho que você teve na noite passada, foi real! Você encontrou com sua esposa e ela está imensamente feliz, por você ter que superado a tristeza acumulada dentro do seu coração. Ela ficou muito aflita, no início da sua chegada a este lugar, pois, via você lendo todas aquelas bulas de remédios e arquitetando para por um fim à sua própria vida. - disse isso, olhou-me nos olhos e se despediu.
Fiquei perplexo! A reação que tive foi chorar e chorei muito! Havia algo no ar que me fazia sentir uma emoção tamanha... foi quando avistei minha esposa sentada ao meu lado... Pensei que estaria num outro sonho ou eu já estava morto, mas ela me tranquilizou:
- Vejo que Esmeralda, fez um ótimo trabalho! Ah, rezei tanto por você... Ela é uma pessoa diferente, é médium. Você não percebeu? É que você não acredita, nisso não é mesmo? Pois, sempre que estavam juntos ela, lhe aplicava passes de "energia" e era auxilada por nós...
Nesse momento, apareceu um grupo de umas quatro espíritos todos de branco... consegui reconhecer minha mãe, meu avô e meu filho que havia morrido muito novo o outro não sabia quem era. Minhas mãos tremiam...
- Esse é Olavo. Um amigo protetor, ele cuida de você... é o seu mentor. Nós, te amamos muito meu querido! - dizendo isso, ela e todos os outros vieram me abraçar.
Eram como se fossem fortes vibrações! Algo que nunca senti em toda minha vida... Foi maravilhoso!!
A partir disso minha vida mudou... Passei a "trabalhar", com Esmeralda, ajudando as outras pessoas. Ela me ensinava tudo o que sabia.
Formávamos uma dupla e tanto, amparados pelos espíritos protetores até que ela desencarnou sete meses depois, eu três anos depois.
Escrevo esta, daqui do outro lado da VIDA!
Ela perguntou meu nome e mal respondi, saiu dançando com uma enfermeira... Apesar de tudo ter sido muito rápido, me vi de repente com uma certa disposição para fazer algo e lá fui eu tocar piano.
Comecei a tocar só que dessa vez era diferente, estava motivado, conseguia tirar daquele instrumento notas alegres que me faziam bem. Mais tarde fui para meu quarto com aquela nova sensação que não sentia há um bom tempo. Tinha sido inspirado! Mas pelo quê? Ou... por quem?
Fui dormir imaginando o que pode ter acontecido. De alguma forma, mesmo relutando, eu sabia que aquela doida deveria ter alguma ligação com o corrido.
Nos dias seguintes, discretamente passei a vigiar de longe a doida. Ela vivia cantando, pulando, fazendo graça com as pessoas, contando piadas etc. Era óbvio, que deveria ter algum problema mental, mas o fato é que as pessoas sempre estavam sorrindo na sua presença. Eu, mesmo à uma certa distância, ria de ver as coisas que ela fazia.
Perguntei à alguém, o nome daquela criatura, era Esmeralda!
Passei a me acostumar às suas peraltices, e quando não a via... sentia sula falta. Comecei a me estranhar... estaria eu apaixonado por uma louca?
Um dia tomei coragem e fui tentar uma conversa com ela. Além de ser surpreendido, fiquei com muita vergonha. Ela me revelou algo como:
- Acha mesmo que sou doida? Pensei que fosse mais esperto! - ria ironicamente.
- Desculpe. - respondi, tentando achar outras palavras para me sair da situação.
- Não tem problema. Esse é o meu papel... se eu não agir assim, enlouqueço e eles brigam comigo.
- Brigam com você? Os enfermeiros? Porquê? - Fiquei confuso.
- Deixe para lá... não são os enfermeiros. Um dia você entenderá.
Após esse dia, fiquei com muita curiosidade sobre essa curta conversa. Não podia ter um nome tão próprio. Esmeralda era realmente uma joia, naquele deserto de melancolia tédio.
Passamos a nos encontrar outras vezes, percebi que ela sempre fazia uns gestos com as mãos, falando palavras incompreensíveis e sorria. Parecia uma espécie de benzimento.
Passei a ser mais gentil com as pessoas, me sentia alegre! Passei a ter mais contato com a natureza, tomando banho de sol, cuidando do jardim, dando comida aos pássaros.
Determinado dia, pedi para que meus filhos voltassem à me visitar. Percebia uma grande mudança em mim.
Meu filhos também perceberam, até sinalizaram para que eu voltasse para casa. Porém, eu não quis, estava bem naquele lugar e sentia algo novo!
Uma tarde, enquanto eu lia um livro no jardim, ela apareceu e sentou-se ao meu lado. Me deu uma pedra e disse:
- Acredita em anjos? - apontando o mesmo anjo de pedra.
- Não sei... - respondi, sem entender nada.
Ela segurou minha mão dizendo:
- Se acalme, por favor. O que tenho que lhe dizer é importante. O sonho que você teve na noite passada, foi real! Você encontrou com sua esposa e ela está imensamente feliz, por você ter que superado a tristeza acumulada dentro do seu coração. Ela ficou muito aflita, no início da sua chegada a este lugar, pois, via você lendo todas aquelas bulas de remédios e arquitetando para por um fim à sua própria vida. - disse isso, olhou-me nos olhos e se despediu.
Fiquei perplexo! A reação que tive foi chorar e chorei muito! Havia algo no ar que me fazia sentir uma emoção tamanha... foi quando avistei minha esposa sentada ao meu lado... Pensei que estaria num outro sonho ou eu já estava morto, mas ela me tranquilizou:
- Vejo que Esmeralda, fez um ótimo trabalho! Ah, rezei tanto por você... Ela é uma pessoa diferente, é médium. Você não percebeu? É que você não acredita, nisso não é mesmo? Pois, sempre que estavam juntos ela, lhe aplicava passes de "energia" e era auxilada por nós...
Nesse momento, apareceu um grupo de umas quatro espíritos todos de branco... consegui reconhecer minha mãe, meu avô e meu filho que havia morrido muito novo o outro não sabia quem era. Minhas mãos tremiam...
- Esse é Olavo. Um amigo protetor, ele cuida de você... é o seu mentor. Nós, te amamos muito meu querido! - dizendo isso, ela e todos os outros vieram me abraçar.
Eram como se fossem fortes vibrações! Algo que nunca senti em toda minha vida... Foi maravilhoso!!
A partir disso minha vida mudou... Passei a "trabalhar", com Esmeralda, ajudando as outras pessoas. Ela me ensinava tudo o que sabia.
Formávamos uma dupla e tanto, amparados pelos espíritos protetores até que ela desencarnou sete meses depois, eu três anos depois.
Escrevo esta, daqui do outro lado da VIDA!
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