quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Capitães de Areia....

Panetone

Oi! Estava vendo por aí... que estamos chegando a mais um fim de ano! rss... É porque tem gente que ainda fica admirado em ver panetones em Setembro!! Eu os vejo o ano todo, kkkkkkk!! Sério, tem panetone agora o ano inteiro! Eu gosto.
Mas, assim... lá se vai mais um ano, não é? Aí vem aquelas coisa de reflexão, promessas etc! Isso é bom, mas não pode ser só no fim do ano. A vida se renova todos os dias, meses, estações... Então esperar 12 meses é muito!
Quando chega fim de ano... tenho oscilações de temperamento. Gosto e não gosto! Tem o consumismo que me irrita, mas tem o fato das celebrações com família, amigos etc. Essa é a parte boa. Hoje nem ligo tanto para o lado ruim... já fui mais implicante! Mas é algo inevitável... vai deixar de participar? O importante é você fazer a sua parte, o resto é por conta de cada um.
Mas na hora da virada, reveillon... fico mega feliz! Mas nostálgico... aí passa um filminho na cabeça, lembro das coisas que fiz e nesse momento gostaria de estar com TODOS e não dá! E nesse pequeno furacão de sensações, fico emocionado! Os fogos ecoam lá no fundo do peito...
Enfim, ansioso para comer panetone na época certa... Sentir o gosto/cheiro das comidas/iguarias da ocasião e confraternizar o grande motivo da "festa", creio eu, é a confraternização.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Falando francamente... Irmão! rs

Opa! Esquecendo os textinhos... Vamos falar da vida? Aqui e agora, sem razão...
Engraçado como as coisas avançam. Já é quase um fim de ano... e ae? Poxa, passa rápido!!
Mesmo estando parado (é, greve), ando cheio de coisas para fazer... No fim de semana tive uma discussão, brava com um dos irmãos!! Aí, ele apelou... triscou a mão... Ai, ai!! Por isso tem tanta bobagem acontecendo. No calor do momento, dá merda (desculpem a expressão)!!
Mas eu não fui na dele não... Acho que discutir é até saudável, vamos dizer assim... O que não pode é ficar fingindo que nada acontece ou só ficar reclamando.
Mas isso não foi nada... Passou!
Tenho três irmãos né? Eu os vi crescer, ajudei na criação etc! Eles são irmão por parte de mãe... se é que existe isso. Não dá para ser meio irmão. São irmãos por inteiro... Eles são meio problemáticos, rss! Mas quem não é?
Nossa relação não é assim... Perfeita e tal... Talvez faltasse mais cumplicidade, afeto, sei lah... Agora vocês devem estar pensando que eu estou arrependido pelo que houve e por isso o post. Não é isso... estou dividindo um pouco da minha história.
Então, eu tenho mais afinidade com o caçula... Sabe o que eu acho? A medida que eles cresceram se distanciaram um pouco. Sempre fui carinhoso com eles, mas aí eles "viraram" homens e se afastaram. Que bobagem, né? Se bem que já vi irmãos que se gostam/respeitam e tal mas nunca os vi se abraçando por exemplo. Não que os meus camaradinhas não me respeitem ou não gostem de mim... Estou querendo dizer que às vezes as pessoas deixam de ser mais humanas, pelo fato de serem "homens", por exemplo.
Olhem que coisa... às vezes tenho um trato/cuidado maior com meus amigos do que com meus próprios maninhos! Que estranho isso... refleti! Virama como é bom escrever?!
Mas vou tentar mudar isso... Não me cobro tanto, mas se posso melhorar... Por que não?!
Acho que depois que vim para São Paulo, me senti sempre muito sozinho... Queria ter um irmãozinho... Eis que... Veio... 1,2,3!! rsrs
Ah, eu gosto tanto deles... Isso rendeu, né? Talvez esse post seja para demonstrar o quanto os AMO!!
Foi isso...

domingo, 18 de setembro de 2011

Obrigado

No quarto, trancado, pensando... de onde vem a dor? Porque me seca? Retira meu tempo, me estaciona. Deve ser um grande teste... Mas são equações que não fecham.
Adormeço e descubro que em algum lugar chove alegria. Mas onde? Pego meu guarda-chuva e saio à procura.
A chuva vira um temporal. Muita lama nas ruas... penso em desistir. Corro, escorrego e caio... que tristeza!
Então, você aparece para me socorrer... Não entendo, mas está bom.
E o calor do seu abraço me tira do chão. Já não chove, mas garoa. Agora num bar tomamos um café, conversamos banalidades, rimos... esquecemos de tudo. E nada mais importa.
Me pergunto: "Como pode?" Você ri... Tenta explicar.
Ouço e não me contento, acho injusto... Vamos embora juntos.
Desperto e vejo que tudo não passou de um sonho. Você não está. Se é que um dia esteve...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Controvérsia



Se eu conto uma história, você envelhece. Se eu quero brincar, você já se cansou. Se faço chover, você queima. Quero cenas, você acena e sai...
Tá tudo louco, não você diz que é uma equação! Um sopro... talvez afobação.
Mostro meu mundo, você pergunta se tem coca-cola... Sim com muito gás!
Então, uma canção? Descalço, não - você reclama!
Paro, te olho e me pergunto: "Mas como pode ser??"
"Assim..." - respondes com um intenso beijo...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O guia...

"Fui criado na periferia em meio aquele monte de casas inacabadas ou feitas de tábuas... As conhecidas favelas. Ruas de terra, esgoto a céu aberto e os emaranhados dos fios, compunham minhas lembranças dessa época.
Em casa éramos em cinco pessoas. Meus dois irmãos e meus pais. Meu irmão era 7 anos mais velho que eu, minha irmã, um ano mais nova.
Meus pais eram nordestinos, aqueles que vieram tentar a vida na cidade grande.
Sempre ouvi meu pai dizer que quando chegaram no Terminal do Tietê, haviam trazido somente uma mala. Nós passamos por muitas dificuldades no início, mas com o passar do tempo as coisas foram melhorando e já tínhamos onde morar.
Em sua bagagem meus pais trouxeram outras coisas, como uma certa rigidez no que se refere a criação dos filhos, em especial, os menores.
Não eram de bater, mas ficavam o tempo todo de marcação cerrada. Não podíamos brincar ou ficar na rua, de jeito nenhum.
Meu mundo, era meu quintal e minha parceira em tudo era minha irmãzinha. O quintal era nossa espaçonave, mansão, campo de futebol, escritório, floresta e todas essas coisas de crianças...
Só que minha irmã por ser menina e a caçula, tinhas momentos em que ela era muito enjoada e se não conseguisse o que queria, abria o berreiro! Isso me irritava muito!
Meu grande herói, era sem dúvida, meu irmão. O fato de ele ser mais velho, fazia com que tivesse algumas regalias. Ás vezes ele me levava para a rua e me ensinava empinar pipa, jogar bola... brincar com as crianças da vizinhança. E não demorava muito, lá vinha meu pai ou minha mãe me buscar. Como eu sofria com isso.
Talvez por isso eu era muito apegado ao meu irmão. Ficava muito contente em sua presença, era minha referência. Até tentava imitá-lo, no jeito que penteava os cabelos, no jeito de se vestir etc.
Ele tinha amigos! Eu ficava admirado... e com um pontinha de inveja. Amava meu irmão, de fato e fui perceber mais isso, no dia em que ele foi nadar escondido em uma represa. Nunca mais voltou. Tentaram me esconder, mas foi em vão. Se afogou.
Quando o vi no caixão, não acreditei... doía muito! Morria ali também um pouco de mim, da minha alegria.
Fiquei de luto por muito tempo. Me tornei uma criança triste.
Quando chegava a hora de dormir, me deitava e ficava imaginando que ele fosse voltar. Eu pedia isso. Até que uma certa vez, tive um sonho curioso, onde ele aparecia e me levava para a rua. Fomos empinar pipa e ela já estava lá no alto, quando ele me abraçou e disse: 'Pare de pedir para que eu volte, pare de sofrer. Eu estou sempre contigo e se você sofre, também sofro.'
Acordei chorando e a partir daquele dia, fiz o que ele pediu.
Como me disse que sempre estaria comigo, se tornou um amigo imaginário. Era ele que desenganchava minhas pipas nos fios ou nos telhados vizinhos. Claro que quando ele se distraia, vinha algum garoto me cortava.
Comecei a conversar com ele, pois me sentia muito só. O único contato que eu tinha com os garotos da rua, era pelo portão, mas mal conseguia vê-los direito. Eles me chamavam para brincar mas, eu não podia. Era horrível. Passei a ter raiva dos meus pais, por conta disso.
Então, as conversas com meu irmão passaram a ser em voz alta, minha irmã estranhou, mas logo levou na brincadeira. Eu já levava á sério...
Até que minha mãe percebeu e falou para o meu pai. Ele passou a me vigiar, logo que constatou, brigou comigo. Disse que eu não era louco e se insistisse nisso, iria me colocar no lugar de gente maluca.
Mais uma vez eu era "engessado" e mais uma vez eu nada podia fazer...
Passei a escrever todas minhas angústias e alegrias.
Virou um diário que com o passar do tempo, não precisou ser mais escrito. Cresci e abandonei aquele menino triste e tímido que fui outrora.
Me tornei uma pessoa segura, feliz. Estudei, arrumei um bom emprego... Conheci uma pessoas maravilhosa. Tivemos dois filhos. Procurei educá-los nem com muita liberdade, nem com muita repreensão. Compreensão, carinho, diálogo... tudo o que não tive passei a eles.
Quando meu pai me censurou sobre falar sozinho... Meu discurso cessou da boca pra fora, mas uma voz passou a sempre ecoar aqui dentro, me intuindo, me guiando.
A voz do meu irmão..."