terça-feira, 19 de março de 2013

Oração do Perdão

A Oração do Perdão é um mantra, usado para eliminar as toxinas emocionais que estão em nosso coração, mas principalmente em nossos pulmões (má-água) e impedem nossa maturidade, nossa expansão do InspirAr - ExpirAr. Esta oração foi ensinada pela filosofia HUNA (indonésios), há mais de 5.000 anos.

Ore diariamente, após o banho ou antes de dormir. Jamais durma com o corpo físico sujo e sem alimentar (conectar) o espírito. Programe diariamente o seu sono para conectar-se com sabedorias e consciências de luz, que lhe ajudem na compreensão, na auto-libertação, na cura.

Oração do Perdão

"A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que de alguma forma me ofenderam, me injuriaram, me prejudicaram ou me causaram dificuldades desnecessárias. Perdôo, sinceramente, quem me rejeitou, me odiou, me abandonou, me traiu, me ridicularizou, me humilhou, me amedrontou, me iludiu.
Perdôo, especialmente, quem me provocou até que eu perdesse a paciência e reagisse violentamente, para depois me fazer sentir vergonha, remorso e culpa inadequada. Reconheço, que também fui responsável pelas agressões que recebi, pois várias vezes confiei em indivíduos negativos, permiti que me fizessem de bobo e descarregassem sobre mim seu mau caráter.
Por longos anos suportei maus tratos, humilhações, perdendo tempo e energia, na tentativa inútil de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas.
Já estou livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com indivíduos e ambientes tóxicos. Iniciei agora, uma nova etapa de minha vida, em companhia de gente amiga, sadia e competente: queremos compartilhar sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso de todos nós.
Jamais voltarei a me queixar, falando sobre mágoas e pessoas negativas. Se por acaso pensar nelas, lembrarei que já estão perdoadas e descartadas de minha vida íntima definitivamente.
Agradeço pelas dificuldades que essas pessoas me causaram, pois isso me ajudou a evoluir, do nível humano comum ao nível espiritualizado em que estou agora.
Quando me lembrar das pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas boas qualidades e pedirei ao Criador que as perdoe também, evitando que elas sejam castigadas pela lei da causa e efeito, nesta vida ou em outras futuras. Dou razão a todas as pessoas que rejeitaram o meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito que assiste a cada um me repelir, não me corresponder e me afastar de suas vidas.
Fazer uma pausa, respirar profundamente alguma vezes, para acúmulo de energia.
Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente e inconscientemente, eu ofendi, injuriei, prejudiquei ou desagradei. Analisando e fazendo julgamento de tudo que realizei ao longo de toda a minha vida, vejo que o valor das minhas boas ações é suficiente para pagar todas as minhas dívidas e resgatar todas as minhas culpas, deixando um saldo positivo a meu favor.
Sinto-me em paz com minha consciência e de cabeça erguida respiro profundamente, prendo o ar e me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao Eu Superior. Ao relaxar, minhas sensações revelam, que este contato foi estabelecido.
Agora dirijo uma mensagem de fé ao meu Eu Superior, pedindo orientação, em ritmo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual já estou trabalhando com dedicação e amor.
Agradeço de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e comprometo-me a retribuir trabalhando para o meu bem e do próximo, atuando como agente catalisador do entusiasmo, prosperidade e auto realização. Tudo farei em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador, eterno, infinito, indescritível que eu, intuitivamente, sinto como o único poder real, atuante dentro e fora de mim.
Assim seja, assim é e assim será."

sexta-feira, 1 de março de 2013

O Guri

Andando pelas ruas próximo à Liberdade, centro de São Paulo, avistei um jovem sentado na frente de uma loja com um olhar distante e uma aparência estranha. Ele me encarou por alguns segundos e eu segui meu caminho imaginando que ali talvez estivesse mais um viciado em drogas. Não demorou para que eu comprovasse que estava certo.
Ao chegar na esquina, fiquei aguardando o semáfaro abrir para que eu atravessasse. O que durou um certo tempo e me distrai em uma banca de jornais. Ao olhar para trás, percebi que o mesmo jovem, agora havia se sentado na frente de uma lanchonete. Ele não me seguiu, apenas mudou de lugar. Nossos olhares se cruzaram mais uma vez, então ouvi uma meia voz pedindo que eu pagasse um almoço para ele. - isso era por volta de 11:30 - Infelizemente, não dá para sairmos pagando tudo para qualquer pessoa que venha nos pedir, mesmo que seja comida. Além do que, algumas pessoas se recusam a receber alimento, querem dinheiro.
Propus à ele que eu pagaria o almoço, mas não daria dinheiro. O rapaz aceitou.
Por ser menor de idade, não publicarei seu nome verdadeiro, vamos chamá-lo de "Francisco".
Entramos na lanchonete e pedimos o almoço, fomos informados que iria demorar um pouco, algo entre dez minutos. Sem problemas, tínhamos tempo. Ele escolheu bife com fritas, eu não comi nada, pois, estava sem fome. Enquanto esperávamos, tomei um suco, ele um refrigerante.
Francisco é um menino negro de traços fortes, boa aparência, bonito. Usava calça jeans, uma pólo listrada e tênis. Tudo bem encardido, resquícios de quem vive na rua. As roupas ele consegue junto à serviços sociais. Tem 14 anos e estudou até o 4° ano primário, percebi quando pedi para que ele escolhesse o que iria comer... me pareceu não saber ler direito.
Em meio à muitas perguntas, ele foi me contando porque está nas ruas. É o caçula de três irmãos, os outros dois estão presos, por vender drogas e moravam em uma pensão que pegou fogo.
Perdeu a mãe aos quatro anos de idade, não conheceu o pai e mora na rua há pelo menos 4 anos. Nunca roubou por falta de coragem. Atualmente usa crack, começou com maconha e depois "farinha" (cocaína).
Diz que tem parentes em Francisco Morato, um avô... - "Ele não quer saber de mim, porque diz que dou muito trabalho."
Fiquei olhando para aquele rapaz e tentando ver alguma esperança em seu olhos, ou na atitudes. Ele tinha um olhar vazio. Não sei se seria por conta das drogas, a noite mal dormida ou se é a Vida que já vai se esvaindo dele. A pele não tem aquele brilho, ele tem olheiras... fico incomodado com tudo aquilo.
Questiono sobre o que ele espera do futuro, um milagre... qualquer coisa. Ele espera que os irmãos liguem em um determinado orelhão que fica próximo. Espera que ele saiam da prisão e fiquem todos juntos. Esse seria o tal milagre.
Digo à ele que me sinto envergonhado, triste, impotente diante de tudo aquilo que está me contando. Coloco que é uma realidade que poderia ser mudada, se toda a sociedade como um todo se envolvesse, haveria como... e que ele é uma vítima.
Não estava ali julgando-o, pouco me importa o que ele fez outrora. Só queria saber do agora, de poder ajudá-lo. Mas como?
Ele me confidenciou que estava ficando com vergonha das pessoas que chegavam para almoçar.
Respondi que não deveria ter vergonha disso e sim de outras coisas, mas ao perceber que ele estava ficando mais tímido, sugeri que levasse seu almoço e comesse onde achasse melhor. Aceitou.
Tentei intuir naquele ser, um pouco de confiança e fé em dias melhores... mas, ele parece que já desistiu de si há um certo tempo. Já se acostumou a dormir na rua, não teme e não se vê em futuro algum.
Me despedi, desejando boa sorte.
Que um dia eu pudesse reencontrá-lo, mas que ele fosse outra pessoa... quem sabe?
Não fui embora com a sensação de dever cumprido ou orgulhoso por ter uma história. Fui embora me sentindo mal, contudo aprendi a separar as coisas. Não posso cair diante de um tropeço. Foi algo forte, importante.
Por algum motivo aquela conversa tinha que acontecer.

Dorme guri, todos os sonhos cabem em ti, só não desperte antes do amanhecer.

Sensações

Mergulhar nas águas de uma cachoeira pode ser algo tão comum, a não ser pelo significado que isso faça no momento. Com quem, como esteja o estado de espírito, o lugar... o que aquele contato represente.
Assim como estar com alguém, deitado sobre as raízes fortes e largas de uma frondosa árvore. Contando, trocando experiências, brincando.
Ir atrás de um trio-elétrico dançando, pulando, cantando requer certa energia.
São situações bem diferentes e o que cada uma delas representa também.
Independente, se não estivermos bem com nós mesmos vai faltar alguma coisa. Talvez algo como... Emoção!

Sentir a verdade daquele momento.

E quando a gente vai arrumar umas gavetas, já é Março!

Uma madrugada e um gole de insônia. Dormir no final da tarde tem lá suas contras indicações.
Eu acho tudo um pouco monótmo, ás vezes! Porque eu queria mesmo era virar energia e sair por aí.
Dormir para quê? rs
Daqui há pouco acomodarei meu corpo e meus batimentos cardíacos deitando na cama. Em breve celular irá me avisar que já é hora de acordar...
Será que não estamos dormindo? Vivendo vidas programadas, conforme nos impõe?
Há realidades que não nos parecem reais. 1 + 1 = 2. Racional, provado e digerido.
Mas e o que não faz sentindo? Não é provado, é irreal? Não existe.
Não enlouqueci, fiquei mais divertido. Faço parte de um grupo que vê as coisas com outros olhos e isso tem um certo preço. Como esse texto. Talvez não faça o menor sentindo para alguns.
Antigamente se queimavam pessoas por ter certos devaneios. Hoje, faço usos do fogo constantemente para queimar pedidos e afins.
Cada um vai percebendo a vida de um jeito. Cada um tem seu momento, sua missão.
Não seria interessante saber que cada um está aqui por algum motivo?


Sentir me basta.