Exercícios contínuos de aprendizado do olhar:
- Olhar a vida como dom e presente a ser cultivado; como graça que precisa ser
acolhida com responsabilidade e gratidão.
-Olhar a morte com a serenidade de quem sabe porque vive. Aliás, só tem dificuldade de olhar a morte quem não aprendeu a saborear a vida. Jesus ensinou, em Bethânia: “Se creres, verás a glória de Deus”
(João 11,40).
- Olhar para si mesmo com paciência e generosidade. Às vezes é mais fácil ser generoso com os outros do que com a gente mesmo. Tem muita coisa que gostaríamos de mudar em nós que só depende de nós, mas que ainda não conseguimos. Paciência e perseverança.
- Olhar para os outros sem as armas que costumamos trazer escondidas no coração, pelo preconceito, pela inveja, pelo medo, pelo ciúme. Olhar para os outros como convite para a nossa própria melhora.
- Olhar para as coisas dando-lhes o devido lugar. Nada nem ninguém que esteja fora do coração humano é capaz de preenchê-lo.
As coisas são instrumentais que nos ajudam, mas não podem ser absolutizadas.
- Olhar com caridade para aqueles que nos machucam – caridade suficiente para compreendermos que, como nós, são pessoas limitadas, fracas, falhas, sujeitas aos dissabores da vida.
- Olhar com gratidão para as pessoas que nos amam, procurando corresponder a elas. Saber-se amado é gota fundamental de cura, em qualquer tempo, para
qualquer idade.
- Olhar com humor: o humor é fundamental para o equilíbrio humano. Ele nos dá a graça de tomarmos distancia de nós mesmos e dos acontecimentos. Ele nos permite colocar todas as coisas em perspectiva e tirar o tom dramático dos acontecimentos.
O humor ajuda a ver a vida com olhos
novos, com novos pontos de vista.
O humor realça as incertezas de nossa vida, mostrando-nos que ela não é previsível.
Viver é acolher cada dia,
como novo – completa e absolutamente novo.O humor nos ajuda a perceber
que as coisas são relativas.
Quem é muito sério acaba se achando muito importante e por isso não gosta do humor, que poe em risco a máscara, a couraça, a casca que reveste o balão do orgulho prepotente. O humor ajuda a desinchar o balão, pois quebra a casca.
Aprenda a Olhar” (Pe. Léo, SCJ)
Do livro “Gotas de Cura Interior”
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