sábado, 31 de março de 2012

Amplitude

Quando se amplia o olhar sobre as coisas, sobre você e sobre o mundo... isso pode ser estranho. Pode incomodar. É sair do nosso universo e voar para outros. Perceber que as pessoas muitas vezes vivem uma vida meio robótica, mostrando só o quanto são "felizes", e muitas vezes esquecem de olhar para o lado... de perceber alguém.
Não seremos nós que faremos uma revolução no que se refere à uma mudança coletiva. Mas pergunto-lhes: "Por que não?"
Por que só passar por aqui como uma formiga que nasceu, cresceu, reproduziu, envelheceu e morreu? Por que não tentar voar? Por que não, olhar para o próximo, com o mesmo cuidado e respeito que olhamos para nossos amigos ou familiares?
Já nos acostumamos a tanta coisa não é mesmo? Vivemos em bolhas, aldeias... formigueiros. Trabalhamos e procuramos sempre uma "evolução", que muita vezes está ligada a status e bem estar.
Creio que muitas vezes esse modo de viver a Vida, tem haver como nossas próprias experiências. Houve um tempo em que fiz trabalho voluntário com pessoas que vivem na rua. Que experiência! Na primeira vez, cheguei em casa agradecido por ter um travesseiro, por ter um teto etc. Observei também que são coisas que ninguém está imune. Na rua vi advogados, engenheiros, músicos, donas de casa, crianças... enfim. E muitas vezes o que eles queriam era só atenção. Quando nos aproximávamos com o alimento era como se vissem que alguém ainda os vias como seres humanos. Era como se tivessem perdido tudo e naquele momento alguém lhes devolvesse algo tão comum e ao mesmo tempo importante: A DIGNIDADE!
Quantas dessas pessoas, nós, A SOCIEDADE, já virou as costas e disse: "Não!"
Depois, nós a mesma sociedade, vemos pelos meios de comunicação a degradação dessas pessoas... Então, do alto de nossas torres, com nossos cajados, acusamos o Governo ou os próprios semelhantes como incapazes. Mas fica difícil para nós, admitir nossa culpa. Também falhamos. A derrota deles é nossa também. É muito mais fácil eu criticar e criticar do que eu ir e fazer alguma coisa... por mais pequena que seja.
Mas como as formigas, que vão se juntando com um exército, acho que nos falta isso: UNIÃO. Não só quando há os desastres coletivos. Por que esperar para doar um alimento á alguém lá na África? Quando se você der uma volta na rua, vai ver alguém tão necessitado quanto. Lógico que há a questão do bom senso. Porque em alguns casos, vemos os aproveitadores. Mas é aquilo: Orai e vigiai.
Ajude quem você conhece, então. Ajude um familiar, um vizinho, um amigo... E acredite, na verdade, você estará se ajudando. Não pense também que o socorro, é só o material, pode ser também uma conversa... Veja, que coisa simples.
Sei que esse texto não mudará seu dia, mas só de causar uma reflexão me dou por satisfeito!

Estouremos as bolhas!

Tenham um ótimo fim de semana.


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