quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Faz Tempo



Nossa, sumi!!! rs... Nem falei do bolo de Sampa, etc, etc! Foi-se até o carnaval...
Mas cá estou! De Férias!!! O delícia!
Entaum... Terminei uma história e tal... será que ficou bom?




Ligações

Marina espera o celular tocar. Onde estaria “aquilo”? Aquilo seria seu namorado...
São sete meses... que parece tão pouco. Mas pra ela é muito!
Olha novamente para o aparelho... nada! Nem uma mensagem.
Longe dali Carol esta eufórica, finalmente esta conquistando o que tanto cobiçava. Em um quarto de hotel ela e Pedro estão aos beijos e amassos. E em pouco tempo já estão transando loucamente. Ambos parecem estar realizados!
Marina liga pra Carlos. Marcam para se encontrar. Os dois discutem... Carlos parece defender alguém.
O celular de Carol toca. Ela inventa uma historia... esta nos braços de Pedro, que desperta com a conversa. Espera que ela desligue.
Cinco anos se passam...
Na cozinha Carlos esta dando comida pra o pequeno Miguel. Carlos fica observando atentamente o rosto do filho. Fica admirado, confuso!
Carol agora é professora de idiomas e após sair da escola vai até o shopping escolher um presente de aniversário...
Pedro trabalha em uma multinacional. Seu celular toca. Emergência. Corre para o Hospital.
Marina casou-se esta vivendo na Europa, esta com seis meses de gravidez.Em casa aguarda uma visita. O telefone toca, uma ligação internacional.
Carlos recebe uma ligação. Vai até um consultório. Chora, grita, não quer acreditar! Marina esta no hospital desacordada. Sem saber que perdeu seu bebê.
Quando Carol chega em casa com o presente, este é atirado longe. Agora é Carol quem chora... tem que se explicar.
Pedro chega ansioso. E recebe uma noticia diferente da que aguardava. Chora...
Uma amiga esclarece: “Foi a ligação do Brasil. Um tal de Carlos”.
Marina chora compulsivamente, já esta ciente de sua perda. Pede para que o marido entre.
Carlos esta fora de si. Pega o carro e sai em alta velocidade. Nesse momento queria que o veiculo tivesse asas para ir até a França. Estaciona num supermercado.
Pedro esta confuso e começa a fazer perguntas quando toma um violento tapa no rosto.
Carol limpa o sangue que escorre da boca. O pescoço ainda dói, pensou que fosse morrer. Olha para Miguel. Realmente era evidente. Como pode ser tola.
Começa a se lembrar de Marina, de quando se conheceram e tornaram-se amigas.
Quase que ao mesmo tempo Marina se lembra de Carol. E começa a amaldiçoar o dia que se conheceram.
Miguel tem olhos azuis, assim como os do pai. Só que agora estão marejados e assustados em ter presenciado tamanha violência.
A mãe o pega no colo e fica imaginado o que acontecerá depois... O que será de Miguel? O menino não tem culpa...
Então tenta se lembrar da noite no hotel. Descuidaram-se e não usaram preservativo durante toda transa. Ele que não era seu namorado. Mas tinha inveja de Marina por namorar Pedro. O dono do olhar mais sedutor do bairro. “Os olhos da cor do céu”. Que agora a deixaram no inferno...
Após sair do mercado, Carlos entra no carro com aquela garrafa de whisky e mais um pacote. Então começa a chorar! Por todo esse tempo a prova sempre esteve na sua cara. Aqueles olhos azuis de Miguel! À medida que o menino crescia ficava mais parecido com Pedro... Era uma semelhança tamanha que o incomodava e quando o amigo recebeu a proposta de ir trabalhar no exterior, foi um alivio! Não teria que viver com aquela comparação. Mas a dúvida sempre existiu e o assombrava! Até que não resistiu e mandou fazer o exame que comprovaria sua paternidade... No dia do seu aniversário o resultado... Nem foi trabalhar. E quando Carol chegou bastou lhe mostrar o exame. Ela apenas chorou enquanto ouvia os berros. Tentou negar mas foi agarrada pelo pescoço e quase sufocada. Quase sem ar admitiu. Mas achava que Pedro não sabia.
De fato Pedro não sabia. Talvez desconfiou por um tempo. Mas imaginou que não seria possível em uma única vez engravidar a namorada de seu melhor amigo. Seria muito azar! Mas ele cedeu a tentação. Era constante perceber os olhares insinuosos da garota.
Agora olhava os olhos de Marina que estavam cheios de ódio. A muito custo ela lhe conta que Carlos lhe ligou aos prantos... contou do exame... a confissão de Carol e a tamanha semelhança de Miguel... Agora tudo se encaixava!
Pedro não sabia o que dizer... Não tinha o que dizer.
O telefone toca e Carol, tem receio de atender. “Será que todos já sabiam?” - se perguntou.
Só depois de vários toques ela atendeu, receosa.
Chorou mais uma vez. Carlos estava morto. O carro foi encontrado no fim de uma ribanceira. Mesmo que sobrevivesse ao “acidente” seria difícil escapar da morte. Tomou uma garrafa de whisky com uma grade quantidade de veneno de rato.










Um comentário:

Andréia disse...

Oi Ale!
Faz tempo que vc deixou no meu orkut o endereço do seu blog e só agora consegui dar uma espiadinha...
Quanto talento heim... Amei a história!!
Continuarei observando os "seus olhares" e sempre que possível postando algo.
Beijos no coração