domingo, 19 de abril de 2015

Uma viagem com Paulo Coelho

Fez uma semana que uma grande amiga me deu uma pista, uma bússola que me levou a mais um encontro comigo mesmo.
Sempre resisti em ler Paulo Coelho por puro preconceito. Pelo que os outros falavam... - a história de sempre.
A experiência me fez enxergar além, mergulhar mais e reconhecer o que muitas vezes não é tão óbvio.
Reconhecer - mais uma vez - que tudo tem um tempo certo de acontecer, se libertar para não depender (talvez até a própria leitura não deveria ter sido feita anteriormente).

Interessante é que no dia em que o livro me foi emprestado, eu já estava num processo de reformulação. Algo tinha que ser mudado, movimentar para sair da zona de conforto.
Muitas coincidências até mesmo antes da leitura do livro. Como um trecho que foi exibido antes, para que eu pudesse ter uma amostra do que viria:

"O 'acomodador': existe sempre um evento em nossas vidas que é responsável pelo fato de termos parado de progredir. Um trauma, uma derrota especialmente amarga, uma desilusão amorosa, até mesmo uma vitória que não entendemos direito, termina fazendo com que nos acovardemos e não sigamos adiante. O feiticeiro, no processo de crescimento de seus poderes ocultos, precisa primeiro livrar-se deste 'ponto acomodador', e para isso tem que rever sua vida, e descobrir onde está."

Devorei o livro em uma semana. Em vários sentidos você passa a entender o que são as vozes que vivem em nosso universo.
Nunca me esqueço da vez em que assisti a um certo filme e quando fui dormir... ouvi uma certa voz que dizia na minha mente:

- Você não vai fazer nada? Você não vai fazer nada?

E a partir disso nasceu um projeto sem muitas pretensões, mas com grande significado de experiências de troca e autoconhecimento. Foi algo muito bonito e tenho enorme orgulho desse momento.

O Zahir, - que é o nome do livro - fez com que houvesse um "endossamento" sobre a minha busca, que não existem fórmulas, que temos que prestar atenção nos sinais e que temos que ser como uma planta... começar preparando o solo, adubar, plantar, regar, esperar e ir germinando... Não é um processo que se dá do dia para a noite.

E esse é um dos nossos problemas, queremos tudo imediatamente e à nossa maneira.

Foi uma ótima viagem!

Gratidão, querida  Elizabeth Martins, ao escritor e suas vozes, rs.


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