sábado, 6 de agosto de 2011

Convite



Sem jeito... talvez seja o vento que já não bagunça os meus cabelos.
O mar que já não faz aquele som, mas um dia fez? Não há cortes, só há um vazio. Por que olhar o precipício? Porque ele reflete... Pelo silêncio.
Tudo continua lá... esperando! Os móveis, a cores nas paredes, o jardim colorido... os girassóis! Estes parecem que vão morrer toda vez que os vejo.
Nem todas as equações do mundo trariam a resposta do inesperado. Os planos de um futuro bom, foram jogados na sarjeta. Uma notícia inesperada, manchete de jornal! Ninguém morreu, mas o fim chegou. Como um soco que encontra a face... e derruba!
Não é o fato de ter que repetir as mesmas explicações que incomodam. É o fato de que as respostas não convençam... não os outros, mas o dono da história.
O bolo foi doado à um orfanato. Presentes devolvidos. Eventos cancelados...
Os rostos dos convidados parecem todos iguais, cheios de compaixão e como se estivessem em um velório. Não ousam rir... o duro é encará-los. E o que se faz? Atende seu ramal como sempre? Lava o carro? Toma um porre com seu melhor amigo? Não... não há como sumir com tudo, então você some! Muda de cidade, muda de nome, muda de emprego... Muda de vida!

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