Estava tão triste que nem ele aguentou ver o semblante que refletia no espelho. Ligou o som, tomou uma dose de vodka e ficou dançando conforme a batida da música.
Algumas doses depois, ouviu ao fundo a campainha tocar. Pelo "olho mágico" percebeu alguém conhecido: o vizinho. Mas o que ele queria aquela hora?!
"Falar do barulho!? Ó céus!!"
Abriu a porta e ele perguntou se estava tudo bem. "Sim estava, tirando a vontade de se matar" - pensou ela. Tudo parecia estar bem, mas não estava. Convidou-o para entrar. Ofereceu uma bebida... Ele quis ser simpático e aceitou.
De repente, o tal vizinho que só conversava amenidades, virou um confidente, quase um amigo de infãncia. Revelou a ele o motivo da tal "festinha" particular... Entre soluços e lágrimas, contou que tinha terminado com seu namorado. Melhor dizendo, ele terminou tudo. Havia sido trocada por outra.
Então, os ritmos das músicas foram mudando, assim como o efeito do álcool mudou o estado de ambos. Agora dançavam juntos, corpos colados... Os sentidos, ficaram mais aguçados! A audição, a visão, o olfato, o tato, o paladar. Ah, o paladar... Beijaram-se!
Só então, ela percebeu que nunca havia reparado no vizinho. Agora o que mais fazia era admirá-lo. Por um momento esqueceu de tudo, do mundo e do tempo! Não existia mais dor! Era uma nova fase que começava. Sentia como se estivesse sendo recompensada...
Jogaram-se no sofá, os beijos eram urgentes... assim como as mãos que procuravam deixá-los à vontade.
Ela já não pensava, só sentia. Não queria saber se depois iria encontrá-lo no corredor e talvez ele nem desse bom dia. Não importava se ele tinha alguém, isso era problema "deles". Naquele momento ela era a atriz principal do filme. Se fosse para fingir, estava pronta. Era quem merecia os aplausos! Não queria saber dos coadjuvantes, esse era o grande momento: O agora!
2 comentários:
Adorei, nossa queria ser vizinha de um Homem bem bunitão numa horas destas...kkkkkk
Ri muito com seu comentário!! Pois he, fica a cargo da imaginação. rs
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