quarta-feira, 18 de junho de 2008

Texto


Dopado


Agora eu preencho os espaços vazios desta tela com símbolos que procuram representar algo. O interior. Difícil olhar lá pra dentro... mais difícil ainda expor o que acontece. Seja uma bagunça ou uma mudança... Ás vezes nem dá pra perceber...

É mais fácil falar do outro. Daqui de cima posso analisá-lo com todas minhas convicções. É uma fuga do espelho.

As relações de agora parecem fortes... mas existem evidências de que são tão frágeis como um fio de seda. Então percebo que estamos ligados a várias pessoas, várias são as circuntâncias... Sejam elas verdadeiras ou não. Ah, essas de fachada me incomodam um pouco! Mas é uma troca de forças... Ação e reação.

Mas há momentos que não quero agir... E outros em que as reações me surpreendem.

Confuso!? É um sonho tudo isso... sonhos não são bagunçados?

Então preciso acordar? Não quero... está bom aqui. Conversando com meu eu. Esquecendo de ser o que sou... divagando!

Aonde estão as aspirinas? Uma dor de cabeça ou dor de conciência?

O que faz você por aqui? Por que ainda lê tudo isso? O que entendeu?

Não não é para ser saboreado é so para ser digerido. Como uma refeição sem sal ou um café frio.

Faz tanto frio lá fora... um frio que bate no rosto e nos força a ser mais rápidos. Aqui, uma densidade de quietude que só é quebrada com o som das teclas dessa invenção tecnológica.

Queria ir ao mecado comprar virtudes, não para ser o melhor mas para estar melhor. Seja como as roupas brancas ou com os biscoitos que estão murchando naquela velha lata dentro do armário.

Deveria ver os brindes que coleciono. Não cabem aqui nesse texto mas cabem dentro do meu peito. Sem eles... Ha, se eu não os tivesse com certeza teria outros. Claro que seriam diferentes destes que aprendi a cativá-los e vice-versa.

A idéia de substitutos pode ser estranha por isso sempre somamos. Quer dizer... tem gente que substitui inconcientemente.

Lembra da professora substituta!? Há quem goste ou não. E há os que a acham indiferente.

Esses são os mais cruéis! Quando alguém nada significa é complicado...

Vou acordar desse cochilo... ver o que tem pra comer... fazer umas ligações, dar uma volta, pagar as contas...

... Colocar os pés no chão!

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