Num dia de calor ela se esconde do sol, dos automóveis, das ruas... das pessoas! Mas não da pra se esconder o tempo todo! Se ela pudesse, usava um capuz que encobrisse todo o rosto... talvez se sentisse mais protegida dos olhares curisosos e espantados!
Ja não consegue encarar os rostos que a encaram. Costuma olhar a todos de cabeça baixa...
Vive se perguntando porque sai de casa. Mas, mesmo dentro do seu lar fica incomodada com o reflexo na vidraça ou quando se atreve a olhar no espelho. O que vê? O que não quer ver... Tenta se acostumar. Nunca se acostumou. Chora... de tristeza, de raiva... de solidão!
Amaldiçoa aquele dia!
Ás vezes até sonha, quando tudo era normal. Outras, tem pesadelos onde o horror esta na estampando em sua face.
Uma menina que esta no colo da mãe faz um aceno e ri pra ela. Por alguns segundos ela esquece de tudo e tenta um sorriso... A mãe vira o rosto da criança para que ela não veja aquela mulher.
Ela entra no ônibus e algumas lágrimas escorrem... Lamenta que nem todas as plásticas possiveis puderam dar a ela um rosto "aceitável". Naquele acidente de carro, foi a única sobrevivente.
"Mas pra que viver assim? Era melhor ter morrido" - pensa.
(baseado na vida real)
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